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Sem clareza das pautas, lideres caminhoneiros convocam paralisação, mas categoria teme uso político

Os motoristas criticam convocação e veem risco de nova manobra política; eventual greve pode afetar abastecimento de alimentos, combustíveis e entregas.

Por: Redação/Agitos Mutum Fonte: Redação Agitos Mutum
03/12/2025 às 14h07 Atualizada em 03/12/2025 às 14h28
Sem clareza das pautas, lideres caminhoneiros convocam paralisação, mas categoria teme uso político
Reprodução

Uma convocação para paralisação nacional de caminhoneiros voltou a circular nesta semana, impulsionada por vídeos do desembargador aposentado Sebastião Coelho e de lideranças ligadas ao setor. O chamado prevê mobilizações em estradas do país nesta quinta-feira (4/12), mas a adesão ainda é incerta e tem dividido a categoria, que teme que o movimento seja utilizado com fins político-partidários.

A proposta começou a ganhar força após declarações públicas de Sebastião Coelho, que já havia atuado como articulador em manifestações anteriores. No vídeo publicado nesta terça-feira (2/12), ele aparece ao lado de um representante do transporte rodoviário e pede apoio dos motoristas para uma paralisação nacional, sem detalhar uma pauta clara de reivindicações trabalhistas.

A falta de clareza sobre os motivos da paralisação é justamente o que tem provocado reação entre caminhoneiros, que cobram transparência e alertam para o desgaste da categoria após movimentos anteriores que não resultaram em melhorias concretas.

Críticas dentro da própria categoria

Nos próprios comentários do vídeo, publicado no Instagram, motoristas contestaram a convocação e rejeitaram a possibilidade de parar novamente sem objetivos definidos. Um comentário bastante compartilhado resume o clima de desconfiança: “É uma sacanagem sem tamanho com nós caminhoneiros. Qual a pauta que vamos defender? Melhorias para nós? Se for para manobras políticas, é uma falta de consideração gigante com os caminhoneiros. Essa turma passa o ano todo criticando nós caminhoneiros, nem procuram abraçar nossa causa. Agora, por manifestações políticas, querem que os caminhoneiros parem de novo? Nós caminhoneiros paramos agora, para depois continuar tudo como está, e pior: chega em 2026, votam no Lula de novo. Respeito muito o doutor Sebastião, mas esse outro homem do vídeo não me representa. No que depender de mim, o caminhão não vai parar. Para apoiar político? Não paro.”

Em outro comentário, os trabalhadores afirmam terem sido usados em paralisações anteriores e reivindicam propostas objetivas, como atualização da tabela do frete, redução de custos operacionais e melhora nas condições de trabalho.

Em outro vídeo, as lideranças aparecem protocolando um pedido de validação do movimento nacional na Presidência da República. No entanto, ainda não há confirmação de mobilização massiva. O Correio procurou os sindicatos dos caminhoneiros regionais e nacional, mas não obteve retorno.

Paralisação em prol de anistia

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Sebastião Coelho havia convocado, na semana passada, apoiadores para uma paralisação em prol da anistia do político, que está preso na sede da Polícia Federal. Em um post fixado na página dele no Instagram, o ex-magistrado instrui seguidores em relação à forma como a paralisação deve ser feita e diz que esse é “o caminho que restou”.

“Nós já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance até aqui, sem qualquer resultado. E qual é o objetivo? A anistia. Anistia ampla, geral e irrestrita para todos do 8 de Janeiro e para o presidente Bolsonaro, que representa todos. Qual é o destinatário dessa paralisação? O Congresso Nacional, que está de costas para o povo brasileiro”, declarou.

Segundo Coelho, todos os serviços devem aderir à greve, exceto bombeiros, hospitais e ambulâncias: “Os demais, tudo pode parar. Você vai me perguntar: ‘Será uma paralisação total, nacional?’. De início, dificilmente. A paralisação deve ser por setores. Quem é líder de um setor chama a paralisação no seu setor. A partir disso, outros vêm para agregar, para somar”.

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