
A Justiça marcou para o dia 22 de janeiro do próximo ano, às 8h, o julgamento dos irmãos Romero Xavier Mengarde e Rodrigo Xavier Mengarde, acusados de planejar e executar a morte de Raquel Maziero Cattani, de 26 anos, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá. Ela foi encontrada morta dentro de casa com mais de 30 facadas, em 2024.
A decisão foi proferida na quinta-feira (13) pela juíza Ana Helena Alves Porcel Ronkoski, da 3ª Vara do município, que vai presidir o júri.
Os réus continuam presos preventivamente e devem ser levados ao plenário de forma presencial, sem uso de algemas.
Na decisão que agendou o júri, a magistrada destacou a complexidade do caso e o volume de diligências. O Ministério Público do estado (MPMT) deve indicar testemunhas, assim como a defesa, entre elas está a mãe da vítima.
A juíza também determinou a requisição de objetos e eventuais armas utilizadas no crime, que deve ser apresentada aos jurados.
Relembre o caso
Romero foi casado com Raquel por cerca de dez anos e não aceitava o fim do relacionamento. A denúncia apontou que ele teria planejado o crime e ofereceu R$ 4 mil ao irmão Rodrigo para matar Raquel. Conforme a investigação, os dois combinaram como seria feita a execução.
O casal se conheceu em uma rede social, quando Raquel ainda era adolescente. Após conversarem pela internet, ocorreu o primeiro encontro, que foi escondido dos pais de Raquel.
Pouco tempo depois, o deputado permitiu que eles oficializassem a relação com o casamento. O casal permaneceu junto por nove anos. Eles tiveram dois filhos.
O deputado estadual Gilberto Cattani e a esposa vivem em uma fazenda a cerca de 2 km de distância da propriedade onde a filha morava.
A casa onde Raquel foi morta tinha sinais de violência, contendo uma televisão quebrada. Além disso, a moto e o celular da vítima foram levados da residência, localizada em um sítio no Assentamento Pontal do Marape, no município.