De acordo com o comunicado, exames de sangue realizados mostraram uma plaquetopenia associada a uma anemia, o que exigiu transfusões de sangue.
A plaquetopenia, também chamada de trombocitopenia, é a diminuição do número de plaquetas no sangue, podendo surgir em decorrência de diversas situações clínicas, incluindo doenças do sistema imunológico, infecções, deficiências vitamínicas e doenças hereditárias. O tratamento pode incluir a transfusão de plaquetas.
Segundo os médicos, a principal ameaça para Francisco neste momento seria o desenvolvimento de sepse, uma infecção grave do sangue que pode ocorrer como complicação da pneumonia. Até sexta-feira (21), não havia evidências de sepse, e Francisco estava respondendo aos diversos medicamentos que está tomando, informou a equipe médica.
O Vaticano infirmou no comunicado que o prognóstico é reservado. Isso quer dizer que os médicos estão cautelosos e que não é possível prever com segurança se o papa irá melhorar.
Também neste sábado, a assessoria de imprensa da Santa Sé anunciou que Francisco não fará a tradicional oração do Angelus na Praça de São Pedro pelo segundo domingo consecutivo.
Problemas respiratórios
O papa tem 88 anos e está internado desde 14 de fevereiro no Hospital Gemelli, em Roma, devido a problemas respiratórios.
Começou com uma crise de bronquite, que evoluiu para uma infecção e uma pneumonia que afetou os dois pulmões.
Durante a semana, o Vaticano informou que o papa respirava sem a necessidade de máquinas, vinha trabalhando e conseguia se movimentar dentro do quadro, além de atender ligações telefônicas.