Gazeta Esportiva
O sonho do título da Sul-Americana para o Cruzeiro chegou ao fim neste sábado, quando perdeu a final para o Racing, por 3 a 1, estádio General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai. Kaio Jorge marcou o gol cruzeirense, enquanto Martirena, A. Martínez e R. Martínez balançaram as redes para os argentinos. Com a derrota, a equipe mineira ampliou o jejum de títulos continentais.
O último título internacional do Cruzeiro foi a Recopa Sul-Americana de 1998, quando venceu o River Plate na final e conquistou o torneio pela primeira vez em sua história. Agora, o torcedor terá que esperar para voltar a sonhar com uma taça continental
O Cabuloso vira a chave e passa a focar na reta final do Campeonato Brasileiro. O time mineiro volta a campo nesta quarta-feira, contra o Grêmio, pela 35ª rodada da Série A.
O Cruzeiro sofreu o primeiro balde de água fria logo aos dois minutos da etapa inicial. O zagueiro García Basso lançou do campo de defesa a bola para Salas, que chegou na linha de fundo e cruzou de primeira para a área. O atacante Martínez dominou, fez o pivô e encontrou o lateral direito Martirena livre de marcação. O defensor bateu forte e não deu chances para Cássio. Todavia, após revisão, o VAR encontrou impedimento de Salas na hora do lançamento de García Basso, e o tento foi anulado.
O gol anulado, no entanto, não serviu de inspiração para o Cruzeiro, que seguiu apático em campo. Aos 16 minutos, após passe errado de Walace na defesa, o Racing recuperou a posse e trabalhou a bola até o lado direito. Martirena, novamente, tentou cruzar na área, mas a bola tomou um rumo diferente, encobriu o Cássio e morreu no fundo da rede brasileira. Golaço e 1 a 0 para os argentinos.
Totalmente nervoso em campo, o Cabuloso sofreu o terceiro baque três minutos após o primeiro gol do Racing. Em jogada semelhante com a do tento anulado, Salas recebeu mais uma lançamento na esquerda e chegou na linha de fundo novamente. O atacante cruzou rasteiro, e Cássio não conseguiu interceptar o cruzamento. Martínez se posicionou atrás de Villalba e, com a meta praticamente aberta, ampliou o placar para o time argentino.
O Cruzeiro produziu sua primeira boa chance de gol aos 29 minutos. Matheus Pereira cruzou da esquerda na área para Kaio Jorge, postado atrás da marcação do Racing. O atacante chegou na segunda trave, mas finalizou mal e isolou a bola para a linha de fundo.
O técnico Fernando Diniz realizou a primeira substituição do Cruzeiro ainda aos 30 da primeira etapa. O treinador sacou Walace e colocou o volante Lucas Silva em campo.
A equipe brasileira melhorou na reta final do primeiro tempo. Em escanteio aos 45, Matheus Pereira levantou a bola para Kaio Jorge, que desviou de cabeça na segunda trave para Villalba. O zagueiro do Cruzeiro bateu firme de voleio, mas viu o goleiro Arias fazer grande defesa.
O Cruzeiro voltou melhor para segundo tempo e conseguiu diminuir o placar cedo. Ao sete, Matheus Henrique fez boa tabela com Matheus Pereira, conduziu a bola até a área e cruzou para Kaio Jorge. O camisa 19 do Cabuloso cabeceou, parou em defesa de Arias e, no rebote, estufou as redes para o time mineiro. Um minuto depois, Matheus Pereira arriscou de longe, o arqueiro do Racing fez a defesa, deixou escapar a bola, e o Cabuloso quase empatou a final.
Após descontar, o Cruzeiro seguiu no ataque tentando furar a defesa do Racing, que permaneceu bem postado, jogando com o resultado a seu favor. Diniz opotou por não realizar mudanças até os 34 minutos, quando colocou Lautaro Díaz e Barreal nos lugares de Veron e Romero. Aos 40, Kaique Kenji entrou na vaga de Marlon.
O Cruzeiro continuou pressionando o time argentino e dominou a posse de bola na reta final da partida. A equipe conseguiu criar boas chances, como um chute de longa distância de Barreal que parou em defesa de Arias.
No entanto, o time mineiro não encontrou o tão sonhado gol de empate e ficou exposto no campo de defesa. Em contra-ataque, aos 49 minutos, Roger Martínez saiu cara a cara com Cássio, bateu cruzado e deu números finais à partida.