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Política Segunda-feira, 24 de Março de 2025, 13:57 - A | A

24 de Março de 2025, 13h:57 - A | A

Política / MEDIDA CRITICADA

'Tem milionário que não paga IR e quer continuar sem pagar', diz ministro Haddad

Mariana da Silva/Gazeta Digital



O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad (PT), criticou o atual modelo de cobrança do imposto de renda e alegou que somente as pessoas mais ricas são contrárias ao projeto de lei que prevê a isenção da cobrança para quem ganha até R$ 5 mil. Haddad ainda rebateu governadores de que estados perderiam arrecadação com a medida caso, seja aprovada e passe a valer em 2026.

“Tem pessoas milionárias que não pagam nada e querem continuar não pagando. [...] Tem pessoas milionárias que tem 1, 2, 3, 5, 10 milhões de renda por ano, que não pagam imposto de renda e querem continuar não pagando. Mas, na minha opinião, não é a maioria das pessoas. A maioria das pessoas sabe que tem que contribuir para um país mais justo”, respondeu em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, do qual o programa Tribuna, da Rádio Vila Real FM (98.3), participou na quinta-feira (21).

Na terça-feira (18), o Congresso Nacional recebeu a proposta do Poder Executivo para dar descontos ou isentar do Imposto de Renda (IR) mais de 90 milhões de brasileiros. Quem recebe até R$ 5 mil por mês não pagará o imposto — que também será cobrado em valor reduzido para quem ganha até R$ 7 mil mensais. 

Quando a medida foi anunciada pelo governo federal, ainda em 2024, o governador Mauro Mendes (União) afirmou que Mato Grosso poderia perder até R$ 700 milhões ao ano com a nova regra. “Se ele está mexendo na nossa receita, ele tem que compensar. Como? Se ele também vai perder”, questionou Mendes.

Para compensar os cofres públicos, o projeto de lei (PL) 1.087/2025 propõe o estabelecimento de um piso na cobrança de Imposto de Renda de quem recebe mais de R$ 50 mil por mês. O texto prevê que o tributo mínimo ficará entre R$ 18,7 mil e R$ 120 mil por ano. Ainda assim, a medida desagradou diversos governadores, que criticaram a proposta presente no pacote de corte de gastos.

“A partir de 2027, a cesta básica vai ser ampliada e todos os impostos vão ser zerados. A União já fez isso, mas os estados não fizeram. Outro dia eu vi o governador falando que isenta cesta básica, perguntaram para ele: 'mas e a carne? E o ovo? E tal'. E aí não estava na cesta básica do governador. É muito fácil fazer fake news e dizer que já fez tudo, que tá fazendo a lição de casa. Tá fazendo a lição de casa às custas do governo federal”, complementou Haddad.

A fala de Haddad faz referência ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre a isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de alimentos da cesta básica. Em vídeo publicado nas redes sociais, o governador paulista disse que já estava fazendo o "dever de casa", em alusão ao pedido do governo federal para isenção do imposto estadual sobre as mercadorias.

"Aqui em São Paulo estamos fazendo o dever de casa desde o início da gestão, quando o assunto é comida mais barata na mesa. Não é de hoje que o ICMS no estado é zero para itens do dia a dia, como arroz, feijão, ovos, farinhas, legumes e verduras", disse Freitas.

Quem também criticou o governo federal foi o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), que atribuiu a alta do preço dos alimentos aos gastos excessivos do governo Lula.

“Hoje os alimentos estão tão caros no Brasil porque os juros estão caros, porque o dólar tá caro, porque a inflação tá fugindo ao controle, porque o governo federal, infelizmente, não fez a lição de casa. O governo federal está gastando demais”, alegou.

Mendes ainda acrescentou que Mato Grosso serve de exemplo ao governo federal e que deixa uma lição de gestão. “Essa lição eu devolvo ao governo federal. Nós temos que fazer o dever, cuidar das contas públicas, porque se o governo federal tivesse feito isso, não estaria precisando fazer esse tipo de coisa que, a meu ver, não vai resolver”, rebateu.

A proposta de zerar a alíquota do ICMS sobre os produtos da cesta básica feita pelo governo federal aos estados repercutiu negativamente na última semana. Diversos gestores se manifestaram contrários a adotar a medida que foi apresentada como uma sugestão temporária e não obrigação.

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