Allan Mesquita/Gazeta Digital
Nas últimas semanas, tanto as sessões da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) quanto da Câmara de Vereadores de Cuiabá têm sido marcadas pela ausência de parlamentares. Com a proximidade das eleições municipais, muitos vereadores e deputados estaduais priorizam as campanhas em suas bases eleitorais, deixando de comparecer aos parlamentos e comprometendo a pauta de votações.
A falta de quórum prejudica o andamento de projetos importantes para o Estado e os municípios. Nesta semana, o presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL), chegou a ameaçar que cortaria o salário dos vereadores que faltassem sem a devida justificativa.
O chefe do Legislativo ainda explicou que são necessários 9 vereadores para abrir o expediente e 13 para que o que os projetos sejam votados. “Agora é um período eleitoral, um período extremamente difícil, onde os vereadores estão tentando a reeleição. Mas precisamos ter compreensão para que a gente possa conduzir isso, sem deixar de cumprir nossa obrigação”, disse.
Já no parlamento estadual, 4 deputados são candidatos: Eduardo Botelho (União), Lúdio Cabral (PT), Thiago Silva (MDB) e Cláudio Ferreira (PL). Botelho preferiu tirar licença para se dedicar exclusivamente à campanha. Além dos parlamentares na disputa, os deputados que não são candidatos acabam se deslocando para outras cidades com intuito de fortalecer as candidaturas de aliados.
O deputado Dr. João (MDB), que recentemente foi eleito primeiro-secretário da ALMT, cobrou que os colegas cumpram com a obrigação de participar dos debates, que já ocorrem apenas uma vez por semana. Ele ainda pontuou que os deputados ainda podem participar de forma virtual, evitando faltas.
“Nós já conversamos, porque semana passada foi muito ruim para os deputados. Se a gente faz uma sessão por semana, onde é realizada até 4 sessões, eu acho que a gente tem que estar aqui participando e representando o povo”, disse.