Yuri Ramires/Gazeta Digital
Delegado Guilherme Bertoli, responsável pelo inquérito que investiga a morte da jovem Heloysa Maria Alencastro, 16, afirmou que as declarações do mentor do crime, Benedito Anunciação, que tenta culpabilizar a mãe da menina pelo crime, só “demonstra que ele é um ser humano mau”.
Bertoli afirmou ainda que, além de toda dor que causou para a família de Heloysa, Benedito quis continuar machucando ao fazer declarações na saída da delegacia.
“Ele tem histórico de violência contra mulheres. A primeira esposa, no primeiro ano de relacionamento, foi espancada. Em 2023, o pai de 80 anos, o denunciou. O pai vendou um imóvel, dividiu o valor com os filhos e o Benedito ficou indignado e pegou uma faca”, disse em entrevista ao programa Cadeia Neles.
Para o delegado, Benedito não é exemplo de filho, não é exemplo de pai – já que convidou o próprio filho para cometer o crime cruel contra Heloysa e a mãe dela, além de não ser um exemplo de homem, que subjuga a mulher, a trata como posse e é controlador.
Ameaçava se matar
Delegado relatou ainda que, assim que Suellen teve alta no dia do crime, ela prestou depoimento e descreveu que, em 4 meses de relação com Benedito, sofreu violências físicas e psicológicas.
“Quando ela tentava terminar, ele ameaçava cometer suicídio na frente dela, então queria causar um temor na vítima. Ela desistiu a separação por medo. Entrava na mente da vítima e, por isso, foi levando a relação”.
Bertoli destacou que ele usou a mesma prática com o filho minutos antes de convidá-lo para cometer o crime contra Heloysa. “Ele mandou uma mensagem de visualização única dizendo que estava muito triste, pensando em cometer suicídio”
Para o delegado, está claro que ele usou com o filho o mesmo controle emocional que utilizava com a Suellen. Mas, ressaltou que o fato não justifica os atos praticados pelo filho.