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Polícia Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024, 15:44 - A | A

03 de Dezembro de 2024, 15h:44 - A | A

Polícia / OPERAÇÃO 777

Influenciadores do "Tigrinho" ficam sem redes sociais e passaportes

Gazeta Digital



Influenciadores digitais que divulgavam “Jogos do Tigrinho” em Mato Grosso e São Paulo foram proibidos de fazer divulgação de jogos ilegais, tiveram suas redes sociais bloqueadas e deverão entregar os passaportes para a Polícia Civil. As medidas foram determinadas judicialmente por meio da Operação 777, que investiga influenciadores que divulgam jogos ilegais e enganosos.

 Os 4 investigados pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) deverão cumprir as medidas cautelares. Caso alguma delas seja descumprida, a prisão preventiva será reconsiderada.

Os suspeitos promoviam o lançamento e divulgação de jogos de azar online, popularmente conhecidos por “jogo do Tigrinho”, e de rifas ilegais em suas redes sociais. As investigações apontam que eles faturaram R$12,869 milhões apenas no primeiro semestre deste ano.

Entre as medidas cautelares determinadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, com base na representação da delegacia especializada, estão que as redes sociais dos investigados sejam bloqueadas pela empresa Meta, proprietária do Instagram e Facebook. Todos os investigados também estão proibidos de deixar o país e devem entregar os passaportes para apreensão pela Polícia Civil.

 As ordens judiciais se estendem às mães de 3 influenciadores, também investigadas pela Decon, pelo crime de lavagem de dinheiro obtido com a promoção das plataformas ilegais.

 Operação 777

As investigações da Polícia Civil apontaram que 4 influenciadores de Mato Grosso e dois de São Paulo utilizavam suas redes para promover lançamentos diários de novas plataformas de jogos online ilegais, incentivando seus seguidores a apostar pelos vídeos onde eles apareciam ganhando altos valores, em poucos segundos, e com apostas de valor baixo.

 Os investigados foram presos temporariamente na semana passada. As prisões tinham 5 dias de duração e, após esse prazo, foram liberados. Contudo, eles devem cumprir as medidas cautelares determinadas pela Justiça.

 A Polícia Civil apurou que os influenciadores chegaram a faturar R$12,869 milhões apenas no primeiro semestre deste ano, com a promoção de jogos online ilegais. Eles lançavam plataformas novas, quase diariamente, porque os seguidores logo percebiam que não conseguiam ganhar dinheiro com as apostas nos sites divulgados. Quando os apostadores ganhavam valores maiores, não recebiam o prêmio, o que forçava os influenciadores a promoverem novos jogos para induzir os inscritos a erro.

 A Polícia Civil apontou indícios de que os investigados publicavam vídeos e imagens jogando versões demonstrativas das plataformas. Essas versões são programadas para que eles sempre ganhassem as apostas, induzindo os seguidores ao erro com a simulação de ganhos de altos valores com apostas falsas.

 A Decon orienta que denúncias sobre postagens ilegais e outros crimes relacionados à exploração e a divulgação de jogos de azar ilegais podem ser encaminhadas para a delegacia especializada pelo e-mail: http://[email protected] ou informadas à Polícia Civil pelo telefone 197.

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