Greyce Lima | Hiper Notícias
Os grupos de alerta sobre locais onde estão acontecendo blitzes auxiliam a criminalidade. O infrator e todas aquelas pessoas que não estão corretas no trânsito acabam sendo beneficiadas, como alerta o comandante do Batalhão de Policiamento de Trânsito Urbano e Rodoviário da Polícia Militar (BPTRAM), tenente-coronel Adão César sobre a prática ilegal de passar informações.
Para escapar de fiscalização e abordagens policiais, condutores alimentam grupos de mensagens de celular com informações que apontam os locais de realização de barreiras e blitzes policiais em Mato Grosso. O comandante do BPTRAM destaca que a prática é criminosa.
“A população precisa entender que blitz e barreiras é uma ação de segurança (sic). Quando você repassa informações sobre os locais, a pessoa pode facilitar a fuga de um foragido, ela pode estar ajudando uma pessoa que está com uma vítima sequestrada, ou com alguém armado, um condutor embriagado que pode provocar um acidente e até matar pessoas. A prática de divulgar é crime de atentado contra a segurança pública, se identificada, a pessoa pode ser presa e encaminhada à delegacia”, explica o militar.
Foto: Arquivo Pessoal
Blitz e bloqueios policiais geram custos aos cofres públicos e os locais, de acordo com a PM, são frutos das análises criminais que apontam os locais com maiores índices de acidentes e de delitos. "Essas ações, que podem até incomodar a população com abordagens e checagens salvam vidas, evitam tragédias e protegem a população", diz Adão César.
“Alguns são fatores, são utilizados para fazer uma barreira policial, buscamos fazer em horários em que há maiores situações de infrações de trânsito, baseado em estudos onde apontam os locais com mais acidentes. As operações Lei Seca, por exemplo, levam em consideração via de gargalos, a realização de grandes eventos, que podem parar pessoas que ingeriram bebidas alcoólicas, é definido locais com grandes fluxos de veículos, horários que a gente já constata que um maior registro de infrações de trânsito, vias com maiores índices de acidentes. As equipes evitam montar barreiras em ruas e avenidas estreitas, em horários de pico para não tumultuar o tráfego”, assinala o tenente-coronel.
Foto: Sesp
Divulgar e avisar pessoas para evitarem passar por um bloqueio policial é crime previsto no artigo 265 do código penal, com pena de 1 a 5 anos de prisão.