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Notícias Quinta-feira, 26 de Setembro de 2013, 00:00 - A | A

26 de Setembro de 2013, 00h:00 - A | A

Notícias / Estudantes da rede estadual estão sem aulas desde

Professores de MT voltam a recusar proposta do governo e greve continua



Os trabalhadores da rede estadual de ensino recusaram, nesta quinta-feira (26), a proposta encaminhada pelo governo de Mato Grosso e a greve da categoria, que completou 46 dias, vai continuar por tempo indeterminado. Durante a tarde, centenas de profissionais fizeram nova passeata pela avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA) até o Centro Político Administrativo, em Cuiabá, finalizando a manifestação em frente à Secretaria de Educação (Seduc).

A proposta enviada pelo executivo estadual era a mesma que tinha sido encaminhada aos grevistas na semana passada, e recusada por unanimidade pela categoria. Entre as reivindicações, os grevistas querem dobrar o poder de compra em 7 anos e pagamento integral da hora-atividade. O governo propôs dobrar o salário dos professores em 10 anos e pagar a hora-atividade de forma parcelada, totalizando em três anos.

Um dos motivos da dupla recusa à mesma proposta do estado, segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), é que a classe exige que o aumento salarial comece a valer a partir de 2013, e não no próximo ano, como quer o governo. Os profissionais também discordam do parcelamento da hora-atividade.

“A responsabilidade é do governo da greve continuar. A proposta já foi enviada à categoria e avaliamos que não contemplava aquilo que a gente pedia. É preciso ter algo novo para mudar o cenário. A mesma realidade não muda o cenário que já foi avaliado lá atrás. Não tem elementos que justifiquem a suspensão da greve”, disse o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes do Nascimento.

O secretário de estado de Educação, Ságuas Moraes, afirma não ser possível dar o reajuste salarial a partir deste ano, porque o impacto em 2014 seria de R$ 240 milhões e voltou a afirmar que não vai ser feita nova proposta.

“O Estado não pode ser irresponsável ao ponto de ir além da sua capacidade. O estado tem um limite e não podemos ir além desse limite. E qual é o limite do movimento? Qual é o compromisso com a manutenção das atividades educacionais, já que não somos a pior situação do Brasil e estamos entre as melhores?”, indagou.

O sindicalista rebateu o argumento de Ságuas. “Pela primeira vez, o estado fala a verdade. Porque irresponsabilidade é o que esse governo sempre tem demonstrado com a educação, inclusive com esse movimento. Pela primeira vez, o secretário reconhece que são irresponsáveis. Tanto que esperou 38 dias [de greve] para enviar proposta aos trabalhadores da educação”, criticou.

Para o titular da pasta de Educação, os trabalhadores não tinham sequer motivo para dar início ao movimento. “Não havia necessidade da greve porque já estávamos [pagando] acima do piso. Estamos concluindo a climatização de 300 escolas e já temos 100 climatizadas. Vamos entregar 161 ônibus para transporte escolar. Temos 100% das escolas com internet e banda larga, inclusive as indígenas e do campo. Então, há avanços significativos”, justificou.

Diante do impasse atual nas negociações, ele pede para que os grevistas aceitem a proposta, "que é muito próxima daquela que eles tinham pedido". “O que no resta é fazer um apelo aos profissionais da educação para que retomem as atividades, o mais rápido possível”.

A greve, que já entrou no 34º dia letivo, foi declarada abusiva pela Justiça há três semanas. Os 430 mil estudantes da rede estadual de educação devem finalizar o ano letivo somente em 2014.

Reivindicações
Os professores e demais trabalhadores querem, além do aumento salarial e pagamento da hora-atividade, a realização imediata de concurso público, posse dos classificados no certame realizado em 2010 e a aplicação de 35% dos recursos do estado, como determina a constituição estadual.

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