A greve dos bancários de Mato Grosso chega nesta quinta-feira (26) ao oitavo dia e ganha adesão de 60,7% das agências no estado. De acordo com o Sindicato Estadual dos Bancários (Seeb-MT), atualmente há 357 bancos em Mato Grosso e 217 deles aderiram ao movimento grevista. A paralisação é nacional e começou no dia 19. Apesar disso, até o momento, nenhuma proposta foi feita por parte da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Os bancários reivindicam mais segurança nas agências, reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), melhores condições de trabalho, fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações e proibição de dispensas imotivadas. Durante a greve, apenas os serviços dos caixas eletrônicos funcionam normalmente. Essa é a forma encontrada pelos bancários de manter o percentual mínimo de trabalhadores em atividade de 30%.
O presidente do sindicato, José Guerra, afirma que a categoria está cada vez mais unida e que a adesão dos municípios está aumentando. “Já somamos mais de uma semana, novas cidades de Mato Grosso entraram para o quadro de paralisação. Nossa atuação será intensa, estamos firmes aguardando um posicionamento dos bancos que só pensam nos lucros bilionários e se esquecem da população e da categoria”.
Em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital, a adesão dos funcionários já chegou a 100%. Além delas, outras 35 cidades no interior fazem parte da mobilização. Na lista estãoPoconé, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Lucas do Rio Verde, Nobres, Chapada dos Guimarães, Santo Antônio do Leverger, Rosário do Oeste, Tangará da Serra, Sinop, Sorriso, São José dos Quatro Marcos, Rio Branco, Vila Bela Santíssima Trindade, Nova Mutum, Alta Floresta, Barra do Bugres, Pontes e Lacerda, Mirassol D’ Oeste, Arenápolis,Juína, Comodoro, Nortelândia, Araputanga, Nova Olímpia, Jauru, Rondonópolis, Pedra Preta, Campo Verde, Jaciara, Alto Araguaia, São Félix Do Araguaia, Confresa, Barra do Garças e AraGarças.
Segundo dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf/CUT), até esta terça-feira (24) 9.665 agências tinham aderido à greve em todo o país. A Fenaban disse que apresentou às lideranças sindicais dos bancários no dia 6 proposta de aumento salarial em 6,1%. A categoria alega que o reajuste só cobriu a inflação e não representou ganho real.