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Redação Agitos Mutum
A Câmara de Tangará da Serra (a 241 km de Cuiabá) aprovou por unanimidade nesta terça-feira (11) o projeto de resolução 1/2025 que cria o auxílio saúde e alimentação para os vereadores no valor de R$ 5 mil.
A votação aconteceu em meio aos protestos de populares e servidores. O presidente da Câmara, Edmilson Porfirio (Podemos), pediu a intervenção da segurança e chegou a interromper a sessão para conter o público.
O projeto é de autoria dos 14 vereadores da Casa de Leis. O salário atual dos parlamentares é de R$ 10,7 mil. Eles também recebem verba indenizatória de até R$ 6,3 mil.
A remuneração final será de R$ 22 mil com os auxílios. Anualmente, o impacto nos cofres públicos é estimado em R$ 840 mil. O debate acalorado vem desde a quarta-feira (5), quando foi realizada a última sessão ordinária e votado um requerimento de tramitação especial da matéria. O recurso dispensaria o projeto de passar pelas comissões.
Quando o requerimento foi apresentado, a plateia presente se levantou, manifestando oposição com gritos e vaias. No entanto, os vereadores aprovaram e a matéria avançou. A Câmara emitiu nota esclarecendo que não se trata de aumento salarial e pontuou que além dos auxílios, os vereadores também dialogam sobre outras melhorias, como a reforma do prédio do Legislativo.
"Deixamos claro que não se trata de reajuste salarial e que os valores mencionados por alguns meios não estão corretos. Diante de questionamentos e informações que possam gerar dúvidas na população, reforçamos que a gestão dos recursos da Câmara é conduzida com total transparência, seguindo rigorosamente os princípios de legalidade, moralidade e eficiência na administração pública. Esclarecemos que este projeto é uma iniciativa dos 14 vereadores que também buscarão em breve a reforma do prédio da Câmara", diz trecho do documento.