Redação Site Agitos Mutum
Os servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em cargos de direção e coordenação, receberam em dezembro salários na casa dos R$ 100 mil, valores que superaram em mais de três vezes os rendimentos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O maior pagamento registrado no período alcançou R$ 106 mil, enquanto ministros do STF recebem cerca de R$ 44 mil brutos, com descontos que resultam em cerca de R$ 32 mil líquidos. O levantamento revela que funcionários administrativos da Corte estadual, como analistas e técnicos judiciários, também tiveram salários elevados, chegando até R$ 70 mil líquidos em um mês. As informações são do Estadão.
A disparidade salarial entre os servidores do Tribunal e executivos de grandes empresas também chama atenção. Em setores de alta performance como finanças, tecnologia e mercado financeiro, o salário no topo da carreira pode variar entre R$ 41 mil e R$ 84 mil, conforme dados de consultorias. Diante dessas informações, o TJMT, por meio de seu presidente, José Zuquim Nogueira, criou uma comissão especial para investigar os pagamentos de horas extras e outras discrepâncias salariais.
Além dos altos salários, em dezembro, a então presidente do TJ, desembargadora Clarice Claudino da Silva, autorizou o pagamento de um auxílio-alimentação de R$ 10 mil para os magistrados e de R$ 8 mil para os servidores, que ficou conhecido como "vale-peru". Após a divulgação desse benefício, a desembargadora solicitou que magistrados e servidores devolvessem o valor pago, alegando o "momento desafiador" vivido pelo TJMT, em razão da crise financeira que afeta o judiciário.
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