Victória Oliveira, G1/MT
O professor de sociologia da Escola Deputado João Evaristo Curvo, em Jauru, a 463 km de Cuiabá, Adenilson Batista de Sousa Avila, de 38 anos, teve o contrato rescindido após pais de estudantes considerarem impróprio um filme que foi exibido pelo professor em sala de aula.
O filme foi passado para uma turma do 1° ano do ensino médio e trata-se do longa 'A Guerra do Fogo', de 1981, que possui classificação indicativa a partir de 14 anos.
A Reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação (Seduc) para questionar se existe uma lista de filmes que são permitidos a exibição e se o órgão disponibiliza essas obras para as escolas, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.
Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do Mato Grosso (Sintep-MT) repudiou a decisão e afirmou que a 'escolha desse filme foi embasada em sua riqueza histórica e antropológica'.
De acordo com o Sindicato, alguns pais alegaram que era um filme 'pornográfico' e que abordava questões de gênero. O Sintep ainda reforçou sobre a importância da ciência para a humanidade e disse que as instituições de ensino "tem o papel de promover o pensamento crítico".
A sinopse do filme conta a história de um grupo pré-histórico que ainda acredita que o fogo é algo sobrenatural. No entanto, quando a fonte de fogo deles apaga, eles vão em busca de outra chama, momento em que conhecem um outro grupo mais desenvolvido e com hábitos de comunicação mais complexos.