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GERAL Segunda-feira, 30 de Dezembro de 2024, 10:21 - A | A

30 de Dezembro de 2024, 10h:21 - A | A

GERAL / RESTRIÇÃO DE ARMAS

Governador afirma que decreto federal é um "absurdo" que tenta culpar a PM pela violência no país

Mauro Mendes declarou que Mato Grosso não irá se sujeitar a orientações restritivas em troca de "dinheirinho"

Lucas Rodrigues | Secom-MT



O governador Mauro Mendes afirmou que o decreto federal que visa restringir a atuação da polícia no país, publicado nos últimos dias, é um "absurdo" que tenta culpar a Polícia Militar pelo grave problema de Segurança Pública do país.

Em entrevista à Jovem Pan News, na noite deste sábado (28.12), Mauro declarou que Mato Grosso não irá se submeter às orientações e continuará com politica de Tolerância Zero com os criminosos.

"Eu discordo completamente dessa estratégia de querer fazer esse grande debate em cima da Polícia Militar, como se eles fossem os causadores dos grandes índices de violência e da insegurança que o cidadão brasileiro tem hoje em praticamente todos os estados e na grande maioria das cidades brasileiras. Para mim é um absurdo", pontuou.

Para o governador, o decreto não passa de um "factoide".

"É uma mudança completa de contexto e de foco. O Brasil teve nos últimos anos mais de 40 mil assassinatos. É o país que mais mata em números absolutos no mundo. Então isso tem que ser combatido com leis duras, combatido com inteligência, com estratégia e não criando esse factoide", criticou.

O decreto federal prevê, entre outras restrições, que as forças de Segurança não podem usar arma de fogo em situações de pessoa em fuga que esteja desarmada ou contra veículo que desrespeite bloqueio policial.

Mesmo não sendo obrigatória a adoção pelas polícias estaduais, o Governo Federal só passará recursos para os fundos de Segurança aos estados que seguirem essas normas.

"O dinheirinho da União é muito pouco diante daquilo que todos os estados brasileiros estão investindo. Os recursos para a Segurança Pública, Polícia Penal que nós bancamos com o dinheiro do Estado é muito, mas muito maior do que esse dinheirinho que eventualmente deixaria de vir. No meu estado eu já adianto: prefiro deixar de receber esse dinheirinho a ter que seguir uma regra que eu acredito que não vai ajudar na estratégia de melhorar o ambiente de segurança para o cidadão e para a sociedade", adiantou.

Mauro ainda defendeu a atuação da Polícia Militar e pontuou que o Brasil precisa de medidas realmente efetivas para enfrentar a violência.

"É a minoria, zero vírgula qualquer coisa por cento dos policiais que tem desvio de conduta. A grande maioria são cidadãos de bem que trabalham para prover segurança pública em todos os estados e todas as cidades brasileiras", completou.

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